Você já ouviu essa pergunta por aí mamães? Eu já ouvi diversas vezes....Com certeza eu não me importa em responder, muito menos me incomodo com a pergunta. A questão aqui é o que essa pergunta me faz sentir. Só de pensar nesse momento o coração fica apertado e não importa até quando você vai amamentar, esse momento sempre chega.
A amamentação do meu primeiro filho foi muito difícil, muito mesmo. No primeiro dia de vida já senti que seria uma longa jornada para nós. Estudei muito durante a gestação sobre o tema, afinal de contas era um desejo enorme poder amamentar meu bebê, mas assim que ele nasceu percebi que estudar era bem mais fácil que fazer.
Costumo dizer que assim que o bebê nasce uma nova mulher também nasce. Esse momento tão especial é rodeado de emoções e aprendizado e foi na amamentação que descobri o quanto sou forte e guerreira. Entre pegas incorretas, peito muito cheio de leite, pouco apoio profissional e muita inexperiência, meus peito sangravam. Cada mamada era uma tortura pela dor e ao mesmo tempo cercado de muito amor. Como meu príncipe foi paciente comigo....nem sei dizer o quanto ele me ajudou a ser mais forte. Mesmo sem entender nada, eu sentia que ele me olha nos olhos e me dizia: “ Calma mamãe, eu estou aqui.” Quem é mamãe vai me entender!
Devo gratidão ao meu esposo que por tantas noites, na hora de amamentar, ele estava sempre ali, do nosso lado. Jamais esquecerei ele dizer que venceríamos juntos. Ele estava certo, vencemos JUNTOS. Foram quase três meses de dor, mas enfim , conseguimos superar. Daí em diante foi muito tranquilo, ele mamava igual um bezerrinho 🤣, cada dia mais gordinho e mais feliz. Esse momento deixou nossa família muito forte. Eu agradecia a cada mamada por não ter desistido e por Deus ter nos mostrado o caminho.
Foi uma ano de amamentação em livre demanda, sem hora nem lugar para acontecer. Quando ele fez uma ano a mamãe estava grávida de três meses e junto com o obstetra decidimos que a hora do desmame tinha chegado. O obstetra não falou para parar de amamentar, ele me informou os prós e contras indicados pela medicina e eu decidi parar. Foi um momento muito tranquilo, a irmãzinha estava a caminho e não queríamos correr riscos, mesmo mínimas chances de interferir na gestação me causava muita preocupação.
Conversei com meu príncipe e ele aceitou tranquilamente a mamadeira. Primeiro tirei o “tetê" da noite, depois a tarde e, por fim, o da manhã. Foi rápido e gentil, no tempo dele. Um ciclo estava se encerrando para outro se iniciar.
Eu aprendi muito durante esse ano de amamentação. Percebi que tudo na vida acontece da forma que Deus quer e ele quis que nós passássemos por essa experiência para ficarmos mais fortes e mais unidos. Aprendi a pedir ajuda e, principalmente, a agradecer. Fico triste em saber que muitas mamães não são apoiadas nesse momento delicado e que ainda existe muita desinformação, mas é como eu disse anteriormente, tudo é do jeito que Deus quer que seja, e isso basta. O importante é a mamãe e o bebê estarem saudáveis e felizes.
O maior conselho que posso dar para as MAMÃES é que SEJAM FORTES, a prática não é tão fácil quanto descrevem os livros, mas é na dificuldade que aprendemos as maiores lições da vida.
Também quero deixar um conselho para os PAPAIS, sejam COMPANHEIROS, a sua presença é insubstituível, sei que existe vovós, titias e outras pessoas sempre prontas para ajudar, mas pai é pai e ao seu lado qualquer obstáculo fica mais fácil ser vencido.
Essa foi a minha experiência, me conta a sua aqui nos comentários.
Um abraço bem apertado,
Por Stefânia Barbosa
Co- fundadora➡ Dalala Baby